segunda-feira, 6 de julho de 2015

Amor-Próprio

O que é o Amor-Próprio?

É respeitar os nossos sonhos?
É respeitar aquilo que somos e como somos?
É respeitar as nossas vontades?
É não permitir que nos magoem e nos façam chorar?
É dizer: "Basta", "Chega" e ir em frente?
É levantar da cama todos os dias com um sorriso?
É dar tudo por tudo para estar bem e ser feliz?
É aceitar o que queremos aceitar?

É isso?

Acho que o perdi....

Mas ainda tenho aqui um restinho que vai voltar a crescer e a tornar-se grande :)

Acreditar, é Amor-Próprio.
Lutar, é Amor-Próprio.
Viver, é Amor-Próprio.
Descobrir, é Amor-Próprio.
Sorrir, é Amor-Próprio.

Afinal não o perdi pois ainda consigo:
- Acreditar que melhores dias virão :)
- Lutar por aquilo que acredito que me fará feliz :)
- Viver a vida com intensidade, na alegria e na tristeza :)
- Descobrir o mundo fabuloso à minha volta :)
- E sorrir, entre lágrimas, choros e tristeza.

A vida é para ser vivida, com tristezas, alegrias e muito Amor-Próprio.

Existe pessoas que nos querem bem, para outras é indiferente a nossa tristeza, alegria ou solidão.

Que venham os que me querem bem que lhes quero bem também.

E os outros??? Os outros não interessam ;)

terça-feira, 16 de junho de 2015

Pena? Pena vou ter quando tiver 80 anos e estiver sozinha na escuridão do meu quarto. Vou ter pena de não ter vivido intensamente. Pena de não ter passado pelas experiência da vida. Por não ter pintado o cabelo de verde quando tinha 20 anos, por não ter feito uma tatuagem, por não ter feito um piercing. Vou ter pena de não ter ido a concertos e de me ter fartado de dançar. Vou ter pena de não ter encarado as situações e colocar um ponto final em momentos de humilhação. Vou ter pena de ter estado com uma pessoa que não queria estar comigo. Vou ter pena de não ter conseguido estar sozinha comigo mesmo. Mas o que vou ter mais pena é de não ter tentado ser feliz. Afinal o que é a vida? A vida é simplesmente uma passagem que pode terminar a qualquer instante. A vida é terrivelmente estúpida mas simplesmente bela. Adoro caminhar e sentir a brisa cara. Adoro o calor e sentir a água a escorrer pelo meu corpo. Resumindo, adoro viver. Também gosto de chorar quando é necessário. Afinal chorar permite lavar a nossa alma. Só não gosto da solidão forçada. Gosto de estar só quando eu quero. Não gosto de estar só quando espero alguém que demora a chegar. A solidão é terrível. O ser humano é um ser social e nunca mas nunca deveria sentir-se só. Eis a grande questão da contemporaneidade: Como não se sentir só? Passamos pela vida a correr, a tentar preservar um trabalho que nos destrói que nos oprime para não sermos mais um número para o desemprego. E para não sermos uma desilusão para quem se matou a trabalhar para nos dar uma vida melhor. Quem andou descalço em criança e começou a trabalhar com 10 anos. Queremos ser felizes por nós e por aqueles que gostam de nós e que iam morrer de dor de nos ver mal. De nos ver desorientados sem objetivos, sem rumo e alegria de viver. Por isso é importante ter coragem, nunca desistir daquilo que considerarmos certo. Mas mais importante ainda é manter a nossa sanidade mental. É encontrar estratégias para gerir as emoções e aquilo que nos faz sofrer. Na verdade, temos de ser fortes, muito fortes e puxarmos cá para fora os sorrisos que existem em nós. Quero passar pela vida, olhar para trás e pensar: não tenho pena da vida que tive, nem de mim. Quero ser uma velhinha feliz e orgulhosa de mim mesma. Quero ser uma velhinha que tem um olhar meigo e uma palavra amiga para aqueles que a rodeiam. Uma velhinha que tem muitas histórias para contar e que contenham sabedoria. Uma velhinha como alguns velhinhos que já conheci: que me marcaram pelas palavras que me disseram. Como aquele que um dia me disse: "Quando surgir uma oportunidade aproveita-a. As oportunidades que surgem na vida são poucas. E a medida que o tempo passa escasseiam." Ou aquele outro que afirmou: "O corpo é o templo da alma. Por isso temos de tratar bem dele". É isto quero ser uma velhinha feliz e rodeada de gente, seja num asilo, numa tribo, numa comunidade hippie, numa comunidade de naturalistas... Não importa onde esteja, o importante é que esteja feliz.